Esta newsletter vai mudar de nome
A newsletter "Agora um pitaco" passará a se chamar "Fruta Doce".
A newsletter “Agora um pitaco” passará a se chamar “Fruta Doce” e não falará mais de livros, serão apenas minhas crônicas e eu.
Mas, calma lá! O assunto sobre livros não vai acabar. Lá no Instagram, o @agoraumpitaco continua de vento em popa com conteúdos sobre literatura.
Por aqui, o foco será apenas o laboratório de escrita. Se você quiser acompanhar esse experimento, vou adorar sua companhia. Mas, se achar que não é a sua vibe e quiser ir, tudo bem também!
Só achei que deveria avisar antes de catapimbas chegar no seu e-mail uma newsletter que você nunca viu na vida.
Quando criei a “Agora um pitaco”, queria falar sobre os livros que leio e aproveitar a coragem para também publicar meus textos autorais. No meio deste percurso, entendi que o Substack era o portal que eu precisava abrir para exorcizar de vez a síndrome de impostora que costumava amarrar minhas mãos e silenciar minha voz (nossa, que drama! mas é isso mesmo).
Para quem ficar, o aviso: escrevo apenas as histórias da minha família. Acontece que gosto de contá-las de um jeito que pareçam super especiais, as crônicas são autobiográficas e os contos mesclam ficção com realidade.
Sempre nutri um certo azedume em relação à entidade "escritor" e à propensão de creditar este ofício a algum tipo de inspiração mágica. Na verdade, acho esse papo um porre e sempre tive receio de me assumir neste lugar e, de repente, me tornar algo de que não gosto, e então começar a performance do escritor-iluminado-detentor-do-poder-da-palavra.
Se você se vê desta forma e acredita nisso, tudo bem! Não estou abrindo essa discussão, esse é apenas um relato da minha relação com a escrita. Não vamos começar uma polêmica, afinal esta fruta é para ser doce.
E por que “Fruta Doce”? Quando a
, autora da genial “Venho por meio deste”, indicou esta newsletter em sua página, ela descreveu minhas crônicas como textos “pra saborear numa mordida só. Uma fruta rara do Jequitinhonha”.Primeiro, pensei que “doce” talvez não fosse o melhor adjetivo, então lembrei do cajá-manga, que nem sempre é doce, mas também não é sempre azedo, e preferi deixar a surpresa para quem decidir morder – ou ler, neste caso. Não é uma fruta rara, mas é uma das minhas favoritas.
Toda a minha produção literária existe porque sou do Vale do Jequitinhonha e porque, como diria meu tio Riobaldo (João Guimarães Rosa), “sertão é dentro da gente” e eu nunca consegui me desvencilhar desse redemoinho que me agita inteira (daí a inspiração mágica cabalística de que fujo como diabo corre da cruz).
Muito obrigada a todos vocês que chegaram nesses últimos meses de ausência e de luto. Obrigada por respeitarem o meu tempo e o meu processo. Agora vou voltar e espero compartilhar o melhor de mim com vocês.
A “Fruta Doce” vem aí.
“Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres.”
— Trecho de “Tabacaria”, de Fernando Pessoa.
As crônicas mais visualizadas por aqui:
— Jandaia
Seu jeito de escrever é marcante, Hysa. Criando coragem pra tbm me jogar por aqui.
Amei seu texto, beijãoo!
Hysa, ler suas crônicas é sempre uma delícia. Nada mais apropriado do que um nome docinho assim. Ansiosa pra ler! <3